Segundo a sondagem, os serviços de Informação representam 5,6% da capacidade empregadora do setor. O baixo índice deve-se à presença marcante de tecnologia automatizada. Na outra extremidade, estão os 51,9% dos Serviços para empresas, que compreendem de assistência jurídica e contábil à vigilância e limpeza
Os serviços representam 73% da economia de Pernambuco e, consequentemente, comportam um grande contingente de mão de obra. Que poderia ser ainda maior. É o que pensam os próprios gestores, de acordo com os primeiros resultados da Sondagem Conjuntural do Setor de Serviços no estado, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) e pela Agência Condepe/Fidem desde outubro de 2009.
Escassez de trabalhadores capacitados foi apontada como empecilho por 20,2% dos empresários do setor de serviços. Foto: Alexandre Gondim/DP/D.A Press - 27/10/08
Em junho, a escassez de pessoal qualificado foi apontada por 20,2% dos empresários como empecilho para o desenvolvimento do setor, acima do custo financeiro (13,4%) e da demanda insuficiente (5,8%). No primeiro mês de levantamento, os índices eram, respectivamente, de 9,1%, 20,2% e 9,5%.
O consultor do Ibre Sílvio Sales atribui a crescente relevância da falta de mão de obra à expansão do setor e a um problema de qualificação presente em todos os níveis e campos de atuação. "Todos os obstáculos perderam intensidade, exceto aescassez de pessoal. Acredito que isso é motivado pelo aumento de demanda no setor e pela falta de candidatos preparados."
Segundo a sondagem, os serviços de Informação representam 5,6% da capacidade empregadora do setor. O baixo índice deve-se à presença marcante de tecnologia automatizada. Na outra extremidade, estão os 51,9% dos Serviços para empresas, que compreendem de assistência jurídica e contábil à vigilância e limpeza. É nesse segmento que Sales aposta suas fichas para a abertura de oportunidades. A expectativa deve-se à constatação de que, apesar da falta de qualificação, os empresários pretendem contratar fortemente no próximo trimestre.
As consultorias especializadas em seleção de pessoal estão incluídas no segmento dos Serviços para empresas. À frente de uma organização do gênero, Lúcia Barros está sentindo na pele a dificuldade para encontrar os perfis solicitados pelas organizações. "Tem sido muito complicado achar candidatos que reúnam uma boa formação escolar, domínio de línguas estrangeiras (no mínimo, o inglês) e do português e experiência em empresas reconhecidas pelo mercado", conta.
Para driblar o problema, algumas empresas têm adotado caminhos alternativos, como a flexibilização das exigências e o treinamento de novos empregados. Para a consultora de recursos humanos Edilza Guimarães, a medida mais adequada é promover o recrutamento interno, isto é, deslocar bons funcionários para os cargos mais elevados em aberto.
Fonte: Diario de Pernambuco 14.07.2010
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